Após registros de 'votos trocados' em Minas, TRE orienta mesários e eleitores

05/10/2022 13:34 em REGIÃO

A autônoma Cintia Vieira Apolinário, 27 anos, foi votar no último domingo (2), mas não conseguiu exercer seu direito. Segundo ela, ao chegar na seção eleitoral na Escola Estadual Celmar Botelho Duarte, no bairro Providência, região Norte de Belo Horizonte, foi informada por mesários de ela já teria votado.

"Cheguei por volta de 16h, ao ser informada por eles expliquei que não havia votado. Entraram no sistema, falaram com alguém do TRE, e que eu não poderia votar, e que tudo seria colocado na ata. Mas meu direito de votar em meus candidatos eu não pude fazer", lamentou.

O caso de Cintia não foi o único registrado no em Minas durante o 1º turno das eleições. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), são casos de eleitores que não puderam votar porque outras pessoas já haviam votado e assinado o caderno de votação em seu lugar, mas que seriam situações isoladas.

Segundo o TRE-MG, visto a proximidade do segundo turno, em 30 de outubro, o órgão alerta mesários e população novamente sobre a identificação e habilitação de eleitores para o voto. O objetivo é evitar que a ocorrência se repita.

Apuração da PF

A orientação aos mesários é a de que todas as ocorrências desse tipo sejam registradas em ata na seção eleitoral. Já sobre os casos averiguados até o momento, o TRE afirma que não houve fraude, mas falha na identificação do eleitor e será feita apuração pela Polícia Federal.

"O TRE-MG esclarece ainda que todos os mesários passam por treinamento antes da eleição, em que são orientados sobre todos os procedimentos a serem executados na seção eleitoral, incluindo os cuidados necessários na identificação do eleitor", publicou o tribunal em seu site.

As orientações sobre a identificação de eleitoras e eleitores também constam do Manual do Mesário, que fica disponível na página do TRE e é enviado em cópia impressa para todas as seções eleitorais.

Entenda o procedimento de votação

Todas os eleitores, quando chegam à seção eleitoral, apresentam um documento oficial de identidade com foto. Mesárias e mesários localizam no caderno de votação o registro da pessoa. O presidente da seção digita o número do título de eleitor no terminal do mesário e lê em voz alta o nome, para confirmar se é a pessoa correta.

Se a pessoa já tiver cadastrado a biometria junto ao TRE ou se seus dados biométricos foram cedidos pelo Denatran, ela é solicitada a fazer a leitura da biometria. São feitas até quatro tentativas, com os dedos polegar e indicador das duas mãos. Não sendo possível fazer a identificação biométrica, há identificação apenas pelo documento apresentado.

Após finalizada a identificação do eleitor, ele é habilitado a votar. Quando uma pessoa chega à seção eleitoral e é detectado que outra já registrou o voto em seu lugar, não é possível liberar a urna novamente com o mesmo número de título de eleitor, para que ela possa votar.

Fonte: Hoje em Dia

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