No texto, Dom Gil intitulou o cardeal como o “juiz-forano que honrou a Igreja”, destacando também a longa e “importante folha de serviços à Igreja no Brasil, na América Latina e em Roma”.

Na cidade mineira, ele morou com a família em residência localizada na Rua Dom Silvério, no Bairro Alto dos Passos.

Foi aluno do Instituto Santos Anjos e do Colégio do Carmo e entrou para o Seminário Santo Antônio aos 12 anos.

Aos 14 anos, mudou-se para São Paulo, onde o pai exerceu a profissão de alfaiate. Com a mudança de estado, foi transferido para o Seminário da Arquidiocese paulistana, onde seguiu vida religiosa.

Segundo a Arquidiocese de Londrina, a saúde de Dom Geraldo se agravou em dezembro do ano passado, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Vários cargos de destaque

Dom Geraldo Majella Agnelo tem extenso currículo. Após fazer doutorado em teologia em Roma, exerceu funções como arcebispo de Londrina (1982) e Salvador (1999).

Foi também presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1987.

Junto com Zilda Arns, fundou a Pastoral da Criança, projeto iniciado no Paraná e que se espalhou por todo o país e mais dez países da África, Ásia, América Latina e Caribe.

Na década de 1990, trabalhou no Vaticano, junto ao Papa João Paulo II.

Esteve também em dois conclaves. O primeiro, em 2005, que elegeu o Papa Bento XVI, e na eleição do Papa Francisco.

Em 2011, por motivo da idade, apresentou sua renúncia ao papa Bento XVI e se tornou emérito, passando a residir, por sua escolha, em Londrina, cidade onde, ainda em vida, manifestou desejo de ser sepultado.

O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, também lamentou nas redes sociais o falecimento de Dom Geraldo.

O Governador do Paraná, Ratinho Júnior, expressou nas redes sociais que a comunidade católica e o estado paranaense perderam um homem que atuava em benefício ao próximo.

Fonte: G-1 Zona da Mata