Adolescente que morreu por tiro acidental na Grande BH era explorada sexualmente, diz polícia

Publicado em 06/09/2023 04:51

REGIÃO

A adolescente de 17 anos, que morreu após ser baleada acidentalmente em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, era explorada sexualmente. O crime aconteceu em junho deste ano.

Segundo a Polícia Civil, a mulher de 21 anos, que disparou a arma, foi indiciada por homicídio culposo e exploração sexual de criança ou adolescente. Ela teria aliciado a vítima para manter relações sexuais com o dono do revólver. Ele também foi indiciado pelo mesmo crime.

“As duas foram para a casa desse homem, que manteve relações sexuais com a menor. Ele se passou por policial civil, embora as duas não tivessem acreditado, e mostrou uma arma de fogo, pedindo que a mais velha segurasse. Ela, sem saber manusear arma de fogo, disparou acidentalmente a arma e matou a adolescente”, informou o delegado Roberto Veran, responsável pelo caso.

O homem chamou o Samu e fugiu em seguida. A arma foi encontrada pela polícia durante as investigações. Já a mulher foi presa em flagrante.

Segundo as investigações, ela agia como agenciadora de programas sexuais da vítima e de outras adolescentes por meio de redes sociais. O valor cobrado era de R$ 100.

O esquema funcionava assim:

Após criar grupos em aplicativo de mensagens, ela oferecia o que chamava de "catálogo sexual" ou "catálogo de garotas", com vídeos e fotos das exploradas. Todas eram adolescentes.
De acordo com o delegado, a vítima vivia em situação de extrema vulnerabilidade social.

“O que configura uma exploração ainda maior por parte da agenciadora, uma vez que a garota fazia isso basicamente para sobreviver, sem o conhecimento da família”, disse.

A polícia já identificou, até o momento, outras três adolescentes que eram agenciadas pela mesma mulher.

Fonte: G-1 MG