O terceiro concorrente a subir no palco terá Sandra Portella cantando o alusivo - como chamam a introdução - e como parte do coro da composição escrita por Marquinhos do Pandeiro, Flavio Viana, Charles Braga, Gustavo Henrique, Rafael Cavaliere, Joseth Rodrigues, Edmar Jr., Fabio Xavier, Soneca e Denilson Sodré. Confira o samba e a letra.

"É uma loucura. Na hora do ensaio, a gente foi caminhando até o Portelão, com o povo vindo atrás. Eu estava toda paramentada de Clara, as pessoas da quadra me chamando pelo nome dela e pedindo para tirar foto. Imagina a minha emoção", contou ela sobre a gravação do vídeo que divulga o samba concorrente.

Sandra contou a expectativa de participar da disputa e homenagear a cantora mineira, um dos ícones da azul e branco de Madureira.

"A Clara é incrível, consegue agradar todo mundo. Não tem como não ser fã dela. Vou estar no coro do nosso intérprete e será muito emocionante", disse.

A cantora comemora a presença de mais juiz-foranos na disputa. "Será muito bom. Tomara que a todos avancem para a próxima fase", afirmou.

No domingo, quando Sandra descer do palco na quadra portelense, subirão os integrantes da parceria Rio-Minas. De Juiz de Fora, Edynel, Zezé do Pandeiro, João Malandragem, Thiago Miranda e Yuri Soares estarão ao lado dos cariocas Tião Sapê, César Ás de Ouro, Rafael Vieira, Marcos Lauriano e Gylnei Bueno para apresentar o quarto concorrente. Confira o samba e a letra.

Zezé do Pandeiro e Edynel já venceram uma disputa: estavam no grupo que compôs 'Trabalhadores do Brasil - A Época de Getúlio Vargas' cantado na Marquês de Sapucaí pela escola no carnaval de 2000.

Por isso, ao ver o enredo para 2019, Thiago Miranda não hesitou em ligar para os dois, com quem já trabalhou antes, e pedir uma chance. "Eu liguei para eles e falei 'estou me oferecendo, estou à disposição para ajudar nessa parceria'. Eu queria muito ter a honra de trabalhar para a Portela, mais que nunca, nesta ocasião", contou.

Segundo ele, todos os inscritos receberam a sinopse com os parâmetros e o enredo planejados pela carnavalesca. "Funciona como uma espécie de roteiro, em alguns casos fica mais subjetivo e em outros sambas, mais evidente. Tentamos ser o mais fiel à proposta e trazer o máximo de poesia para falar sobre o encontro da Clara Nunes com Madureira", explicou.

"Nós apelidamos o samba de 'A águia acolheu a sabiá'. A partir desse encontro, Clara descobriu a religiosidade e o samba que permeou como nenhum outro gênero, e ela cantava outros ritmos, o trabalho dela. Ao chegar na Portela, formou-se a figura de Clara que ganhou mundo", analisou.

A parceria meio Minas-meio Rio foi comemorada por Thiago. "Foi um processo de criação delicioso. O samba tem sido bem aceito na quadra, e nos comentários que vimos na internet, gostaram da construção e do refrão. Além disso, Clara era mineira e somos a parceria com mais mineiros. Estamos confiantes de avançar neste mata-mata", disse.